terça-feira, 30 de abril de 2013

TEATRO PARA PÁSCOA- ADOLESCENTES




 
NARRADOR:
NÃO foi um evento qualquer!  Foi o mais esplêndido acontecimento jamais ocorrido no Universo.
Não tem  11 de setembro,  Primeira  Guerra, Segunda, Guerra do  Vietnã, descoberta da roda, da pólvora, da vacina contra Poliomielite., do fogo. Nem o big-bam...
Nenhum acontecimento histórico se compara à vida e à morte desse Homem.  Porque nenhum deles promoveu dentro do ser humano a mudança que ELE conseguiu  fazer,  e faz até hoje, dois mil anos depois de sua  passagem pela terra.
Um jovem de família simples, num canto do Mundo... um simples carpinteiro... Alterou o curso da história de toda humanidade... Um simples homem que com sua morte, nos legou a eternidade...
Aquele dia.  Quem poderia descrever o que aconteceu ali?

(Entra um jovem representando a FALSIDADE. Um aspecto de malandro,  vestido com terno branco talvez. A pessoa deverá ser identificada  )         

Eu sempre estava perto dele. Nas perguntas feitas pelos Fariseus, nas palavras lisonjeiras de alguns “amigos”. Ele era muito inteligente e sábio e logo percebia minha presença.  Mas eu fui esperta... peguei JUDAS de jeito. Dominei o seu coração e ele me servia direitinho.  Ele era ambicioso e eu o ajudava a conseguir o que ele queria.  Foi fácil, um beijo.  Adooooro... rsrsrs com um simples beijo, oh!   No meio da noite ele entregou o Mestre... 

Sai este jovem e entre outros dois :  ANGUSTIA E DOR.
Dividir a fala com os dois.                      
 
Você nos conhece.  Peito apertado, sufocamento, tristeza, insegurança.  Sensação terrível experimentada por quem sofre lesões pelo corpo... Fomos  designadas para estar lá. Não queríamos  fazer aquele trabalho... afinal aquele homem era diferente de todo mundo que nós conheceramos.  Ele era especial . Não era justo afligí-lo. Depois soubemos   que ele tinha se oferecido para sofrer daquele jeito.  Maltrata-lo foi o trabalho mais difícil que fizemos. Nossos clientes normalmente devem alguma coisa. Fazem coisas... se envergonham...  agridem seu corpos com drogas, má alimentação...  então a gente vai lá e faz nosso serviço... a gente aperta mesmo...  mas a dor que lhe infringimos... foi demais. E ele ...  “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca”

 ENTRA OUTRO JOVEM: DESPREZO..                                                                                       
Eu cheguei junto com o povo. O meu olhar era frio como gelo. Cada gesto, cada sorriso...  que coisa... onde estava o poder daquele homem?  Rídículo...  logo incitei um criminoso que estava a seu lado ... “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.”  Fiquei pensando naquela situação.  Como eu conseguia fazer aquilo? Aquelas pessoas haviam convivido com ELE por três anos. Desfrutaram de seus ensinamentos,  de seus milagres extraordinários... Haviam comido com ele...  viram ele caminhar sobre as águas... Viram quando ele fez calar o mar e o vento... Eles sabiam disso tudo... e ainda assim... eu os dominava.  “Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.” Isaías 53:3.


A CRUZ.                                                                                                 


Eu não era dele.  Jamais poderia imaginar quando nasci que serviria para aquela finalidade. Eu queria ser a cama que ele dormia... mas ele dizia que “As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.”. Eu queria ser a porta, a mesa onde ele fez a ultima ceia, queria ser o barco onde ele ensinava o povo... Eu queria ser o telhado por onde entrou aquele paralítico que ele curou... eu queria ser  tudo para ELE. Menos a Cruz onde ele morreria.  Eu não era dele... Eu não era dele... “E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.”

O  Golgota.

Também me chamam Calvário. OU Caveira. Muitos já haviam morrido ali comigo. Gente que tinha praticado toda sorte de crimes. Principalmente o crime político. Roma não perdoava os infiéis.  Era comum acontecer mortes ... Mas o que eu vi aquele dia... Foi inacreditável...  Três cruzes.  Na do meio jazia um homem. Que homem era aquele?  Vi a terra se remover debaixo de mim enquanto ele dizia:    Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.”


A LUZ E A TREVA:      

LUZ: eu não poderia ficar e ver aquilo que estava acontecendo. Deixei o local. Aquele  era o Filho Maravilhoso de Deus. Aquele era o ser mais bondoso e justo que a Terra conheceu.  Aquele Homem era Deus. Deus morrendo crucificado. 
TREVA: imediatamente eu desci. Invadi o local. Aquele povo precisava saber que o fato era extraordinário.  Escureci toda a terra.  Todo o céu se inclinou naquele momento em respeito ao que Ele estava sofrendo. Quanto ele nasceu a luz brilhou na madrugada. A noite se fez dia. Quando ele morreu, o dia se fez noite.  Eu estava lá. Eu fui dar-lhe a minha saudação. E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol;


AMOR.
Mesmo com tanta dor, desprezo e solidão. Eu sempre estive com ele e naquele momento ele  não me deixou partir.  Ele olhava a multidão com tanta atenção. Ele procurava um olhar amigo onde ele pudesse buscar algum apoio. Lá estavam Maria e João. E incrivelmente, mesmo no meio de tanto sofrimento ele se preocupou com a mãe, tendo pedido a João que a cuidasse como se fosse sua mãe.  Ao seu lado dois malfeitores jaziam. Um deles pediu-se ajuda. Acredite. Ele liberou perdão e  salvou a alma daquele  homem em seus últimos suspiros.  Ele orou pelos homens que o matavam... Pai, perdoa-lhes pois não sabem o que fazem...

MORTE.
Eu tinha vencido. Matar aquele homem parecia impossível.  Filho de Deus. Se eu conseguisse isso, seria o máximo. Eu Reinaria livre para sempre.  Três dias.  Levei-o à sepultura. Mas não pude contê-lo.  Ele me venceu. 

PESSOAS PASSANDO PELO PALCO E COM VOZES BEM ALTAS COMO UM BRADO:
“Ressuscitou verdadeiramente o Senhor, e já apareceu a Simão!”
“Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui;”
Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.
é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. ..

UM SOLDADO:   “verdadeiramente... Ele era o filho de Deus. “      fim.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Novamente sobre o Tempo





 Outro dia comparei o tempo a um rio. Ambos correm sem parar. Gosto de parar para ver o Rio Macaé. Ele corre impávido. Suntuoso corre para o mar. Não se importa se estou bem ou mal, se estou alegre ou triste. Se estou de luto ou de lua-de-mel.

O rio corre como o tempo.

NÃO, NÃO CORRE.  Pois se assim fosse, as águas que estão saindo da nascente, que para o rio é o passado , mas  que ainda não chegaram até mim, são então, para mim,  o futuro.

As águas que chegam à foz do rio, local onde este desemboca, é seu futuro, mas se já passaram por mim, então são o meu passado. 

Que tremenda confusão! Eu pensei.

 Mas de qualquer forma o tempo se vai... escorre por entre os dedos, despistam o nosso olhar... se vai, levando nosso presente. Trazendo o resultado de nosso fazer. Escrevendo no nosso rosto, com sua caneta, as nossas experiências,  linhas e marcas que muitos de nós, incomodados, apagamos com bisturi ou botox. 

É isso. Lembro-me neste momento, da rádio relógio do Brasil que repetia insistentemente " cada minuto é um milagre que não se repete...". E pensar que durmimos um terço da vida... No meu caso, 16 anos de sono... É isso... Boa noite.

Durmamos. Mas sem perder o curso do rio, olhando sempre em direção à nascente onde está o nosso futuro.

A GRANDE REVOLUÇÃO

  Jesus convocou o mundo para o maior desafio já visto: ama o teu próximo… eu sempre digo: dura coisas nos pediste. Pedir para amar é pedir...