sexta-feira, 26 de abril de 2013

Novamente sobre o Tempo





 Outro dia comparei o tempo a um rio. Ambos correm sem parar. Gosto de parar para ver o Rio Macaé. Ele corre impávido. Suntuoso corre para o mar. Não se importa se estou bem ou mal, se estou alegre ou triste. Se estou de luto ou de lua-de-mel.

O rio corre como o tempo.

NÃO, NÃO CORRE.  Pois se assim fosse, as águas que estão saindo da nascente, que para o rio é o passado , mas  que ainda não chegaram até mim, são então, para mim,  o futuro.

As águas que chegam à foz do rio, local onde este desemboca, é seu futuro, mas se já passaram por mim, então são o meu passado. 

Que tremenda confusão! Eu pensei.

 Mas de qualquer forma o tempo se vai... escorre por entre os dedos, despistam o nosso olhar... se vai, levando nosso presente. Trazendo o resultado de nosso fazer. Escrevendo no nosso rosto, com sua caneta, as nossas experiências,  linhas e marcas que muitos de nós, incomodados, apagamos com bisturi ou botox. 

É isso. Lembro-me neste momento, da rádio relógio do Brasil que repetia insistentemente " cada minuto é um milagre que não se repete...". E pensar que durmimos um terço da vida... No meu caso, 16 anos de sono... É isso... Boa noite.

Durmamos. Mas sem perder o curso do rio, olhando sempre em direção à nascente onde está o nosso futuro.

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