domingo, 30 de setembro de 2012

PAIXÃO

Paixão. Quando se fala em paixão pensa-se de imediato em homem e mulher loucos de amor. Nada! PAIXÃO É MAIS. Sentimento aterrador. Tempestade com ventos a 120km/h. É terremoto . É loucura total. O Ser humano parece ter necessidade de se apaixonar  e periodicamente vivenciar essa explosão de sentimentos. Daí a existência de vascaínos pirados, flamenguistas insuportáveis, botafoguenses desvairados e pós-de-arroz chatos aos extremo. Gente que só fala em moto, em bola, em cor de cabelo, em modelos de sapatos ou de celulares.  Gente que defende e morre  pela democracia. Outros que fazem as mesmas loucuras pela ditadura. Gente que para o carro no meio da BR para resgatar um cachorrinho indefeso. Morre congelado para chegar ao Pico do Evereste... Paixão ensurdece, cancela tato, paladar, visão e só deixa o sexto sentido... aí o sujeito "viaja na maionese". Não tem pai, mãe ou amigo. Não tem regras ou etiquetas. Não tem prazo para acabar. Um verão ou uma vida inteira. Alguém definiu paixão como as águas profundar de um rio, que vai, aos poucos cavando as profundezas formando um leito perigoso. Conheci um cidadão que carregava uma faca e dela não se separava jamais. Ele era nordestino e ao perguntar-lhe o motivo, Ele disse que havia deixado sua cidade natal há cerca de 10 anos e veio para o Rio de Janeiro para encontrar o cabra que havia "feito mal a sua irmã" e que honra, lá  na sua cidade se lava com sangue. Que não sabia quando, mas encontraria tal sujeito no Rio de Janeiro e quando isso acontecesse ele faria justiça a sua irmã que ficara no Nordeste esperando que sua honra fosse lavada. Paixão. Sentimento insaciável. Monstro louco e aterrorizador. Cria uma relação com seu dono, quanto mais se tem mais se quer ter. E... como um temporal,  passa. Você não sabe como nem porque. As vezes fica a vergonha. Ou o vazio. Às vezes ficam as histórias que são contadas aos filhos, aos netos...às vezes não fica nada, nem a gente que acaba afogada no leito do rio cavado pela nossa própria loucura.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Refazendo a Rota

Ganhei um GPS de presente. Ele não me ensina apenas os caminhos e direções. O danado está me dando uma baita lição de vida. Cada vez que eu entro na rua errada, aquela voz gentil me convida a refazer a rota. Se eu errar 10 vezes, ele não perde a calma e repete o convite. Esse simples programa tem me falado muito sobre coisas que devem ficar para trás. Perdeu? Errou? Distraiu? Refaça a rota. Sempre haverá um novo meio de se chegar. Mas chegar onde? Na verdade corremos ao longo da vida, o tempo todo, e onde chegamos? Talvez, no final, a um CTI de hospital... ou a um asilo, com sorte, ficaremos no de Casimiro, que é bem bacaninha... Mas o fato é que corremos... compramos, amamos, choramos, apaixonamos, batemos boca, trocamos de emprego, de roupa, de hábitos, de amor, de ódios, de sonhos... sempre refazendo a rota... recomeçar é a grande jogada. Não deixar a peteca cair... sempre chutar a gol, mesmo que seja um perna de pau. Isso é o que se leva da vida. Viver é um desafio, tem que aceitar e mostrar que há um lugar que é nosso. E rir do nosso rídículo e nunca ter medo ou vergonha de ser feliz.

A GRANDE REVOLUÇÃO

  Jesus convocou o mundo para o maior desafio já visto: ama o teu próximo… eu sempre digo: dura coisas nos pediste. Pedir para amar é pedir...