JACÓ E RAQUEL AMOR A PRIMEIRA VISTA

Que beijo foi aquele?! Ela não dormiu aquela noite. Cada vez que se lembrava seu corpo se arrepiava e queimava-lhe o coração. E além disse ele era seu primo. Filho da Irmã de seu pai. Não demorou para Jacó se inserir no ambiente familiar. Estavam completamente apaixonados. Olhares acalorados, pequenos toques que queimavam a pele. Ele não poderia viver sem aquele amor. Seu tio Labão, que bem poderia ser "Lobão" ,a tudo observava. Jacó, provavelmente já percebera as ambições do tio e primos. Sabia que para casar com Raquel teria que oferecer um dote. Mas ele chegara ali fugido de seu irmão Esau, e nada tinha para oferecer. Espera! Ele era jovem e forte. Poderia pagar o dote com trabalho! Sete anos de trabalho. Parecia justo. O prêmio fazia jus. O suor descendo, as mãos engrossadas, o pouco sono, os sapatos gastos já pedindo outros, o pouco ou nenhum lazer... mas o olhar de Raquel o alimentava da esperança de dias mais doces ao seu lado. Sete anos... uma eternidade... mas chegara o dia do casamento. Aquele que seria o mais feliz da sua vida. Suas mãos geladas e pernas trêmulas conduziram Raquel ao altar , cujo véu escondia o sorriso que ele imaginava ver. Um pouco a mais de vinho para tomar coragem... Ela seria sua esposa, não podia conter a felicidade. O que ele não sabia é que o impensável o esperava. Amigo, o impensável, o improvável e o inesperado, sempre nos visitarão. Daí a necessidade de não baixar a guarda. Estar com a ânimo sempre firme e com um outro caminho para alcançar o plano A. Nem sempre alternativa é o Plano B. Intempéries são constantes na vida de Jacó, na sua e a minha. 

Continuaremos no próximo encontro. Bom dia!