sábado, 25 de abril de 2020

O PROFETA ELI E SUA TRISTE FAMÍLIA


Chegara ao cargo máximo político e religioso. Trabalhou muito para isso. Tivera seus tempos de glória. Envelhecera. A obesidade lhe causara um cansaço que não mais lhe permitia mais se movimentar pelas ruas da cidade. Sentado em uma cadeira observa os fiéis que chegam e saem oferecendo seus cultos e ofertas. Seus olhos já não tem a mesma luz. Todos lhe parecem iguais. Não tinha uma família feliz. Seus dois filhos só lhe davam desgosto. Pensava nos tempos passados e via os meninos brincando no quintal, aqueles eram seus meninos. Ele não tinha força para repreendê-los por suas loucuras. Então silenciava. Naquele dia ele ficará furioso ao ver uma mulher orando e chorando no templo. Estás bêbada mulher? Não sabia mais distinguir um fiel de um bêbado? Não, não sabia. Aquela era uma santa mulher de Deus, Ana, mãe de um dos maiores homens de Israel, do profeta Samuel. Mas ela não revidou a ofensa. Ele se retratou e profetizou sobre a vida dela e ela recebeu sua benção. Era um sacerdote velho, cansado, negligente com seus filhos mas ainda era um profeta de Deus. Nove meses depois Ana estava amamentando um lindo bebê. Mas os filhos continuaram praticando barbaridades no templo sem que o Pai, a maior autoridade de Israel, tomasse uma providência. Mas Deus não aprovou isso e chamou Eli para uma conversa difícil. E tu, porque honras teus filhos mais do que a mim? Eles estão roubando a minha casa e o meu povo! Eli pagou o preço da desídia. Não ficaram impunes os seus filhos. A morte prematura deles, resultado de suas condutas, trouxe a Eli o gosto amargo da perda. Tão amargo que ele mesmo não pode suportar à dolorosa notícia. Deixou a vida com a certeza de que falhara como pai por não se posicionar frente a seus filhos e por conseguinte, falhara como líder religioso e político deixando seu povo a mercê das loucuras deles. Que possamos aprender uma lição, nossos filhos precisam saber que não aprovamos algumas de suas posturas. Temos que nos indispor muitas vezes agora, para que haja um futuro para eles. Não sejamos como Eli que permitiu, com sua covardia, que seus filhos jogaram lama na sua tão nobre carreira e missão.

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