Noutro dia escrevi palavras duras. Bem sei. Nem sempre as verdades conseguem ser ditas com palavras brandas. Um filho meu, visivelmente aborrecido, disse-me que estava se sentindo mal por imaginar que alguém pudesse pensar que ele não me honrasse. Disse-lhe que escrevo, não minhas próprias histórias, mas que minhas letras traduzem o que Deus coloca no meu coração. Eu mesma fui vítima de minhas loucuras. Muitas vezes não reverenciei os conselhos de meu pai. E paguei com lágrimas. Eu mesma nunca fui um grande modelo de filho pois quantas vezes irrompi em críticas contra minha mãe, avós, tios e tias, que tiveram participação direta na minha formação moral. Eu e o apóstolo Paulo nos desentendemos num ponto: ele diz que é o pior dos pecadores mas eu discordo, sou pior que ele. Se eu fosse desenhar meu coração todos vocês ficariam abismado com a figura informe que veriam. Mas o Senhor o conhece. E o que me arraza é pensar que ele ainda me cuida. Escrevo, e nessas palavras faço fluir o que eu gostaria de ser, de fazer, de amar e viver. Escrevo o que transborda em minhas conversar com meu Salvador. E Ele me visita como um Bom Pastor mas às vezes Ele se apresenta como Fogo consumidor. Por vezes surge como brisa suave e por outras, como tempestade, raios e trovões. Não me importo, se me faço sorrisos e dança , se me recolho à caverna ou pranteio de
Dor. As letras serão molhadas pela chuva, deformadas pelo vento, energizadas pelos raios, estrondosas como trovão, avassaladoras como um tufão e só irão onde Deus determinar e abençoarão a quem Deus abençoar e eu, seguirei, sem mérito, vez que se me calar, ali na frente existem pedras que terão prazer em fazer no meu lugar
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