Os anos se iam e ela não conseguia ter filhos. Sempre ia ao templo, mas aquele dia estava especialmente angustiada. Queria gritar para ver se Deus a ouviria. Seus lábios, em angústia , balbuciavam sons sufocados pelo costume que não permitiam as mulheres ter voz no templo. Os olhos inchados e vermelhos pelo choro de uma mãe que pranteava por um filho que ainda não tivera. Essa era Ana. Para piorar O sacerdote se aproxima e a expulsa dali: "Ei! Você andou bebendo demais, igreja não é lugar para isso, xô daqui... " Que coisa né?! Pois é, pensa que ela se ofendeu? Ela tinha objetivos mais altos que a opinião do seu equivocado sacerdote. Educadamente lhe explicou o que sentia e alguns meses depois voltava àquele lugar com seu filho Samuel nos braços. Fiquei a pensar talvez se fosse eu, sairia furiosa reclamado do pastor e certamente pedia carta de transferência ou Quem sabe até não abriria uma rebelião para removê-lo para outra igreja. Eu seria intolerante e rancorosa, perderia a chance de ser graciosamente perdoadora e jamais teria a resposta dos meus clamores. Leia I Samuel cap 1
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
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