quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O que passou, passou.

Saí bem cedo, a pé, para resolver coisinhas na rua. A retornar, o sol me cobria com seus raios quentes que mantinham minha visão prejudicada . Levantei o olhar e próximo da minha casa, um amontoado de caixas e sacos de lixo se destacavam à margem da rua. Olhei curiosa. Lembrei-me então que no dia anterior uma família se mudara para uma casa na vizinhança. Me reportei ao dia que mudei para a minha casa nova. Lembrei-me da forma como relutei para não sair da casa velha. As amigas cobravam a mudança e eu deixava para amanhã. Até que um dia,Angelica Pinto, Grasiela Rosa e Cíntia Pinto, chegaram em minha casa e começaram a colocar as coisas nas caixas e trazer para a nova casa. Eu parada, sentada na cama, estatelada, a tudo assistia. Não conseguia aceitar que tinha que deixar a casa velha com suas paredes encardidas, com as marcas na parede com a data e altura das crianças. Não queria abandonar aquele velho armário que testemunhara tantos bons e maus momentos da minha vida mas que não tinha lugar na casa nova. Lágrimas silenciosas brotavam. Minhas amigas me tomaram pelo braço e me trouxeram para a casa nova, elas fizeram um café , o primeiro, e me serviram. Eu enxuguei as lágrimas e fechei a porta que ficou para trás. "As coisa velhas passaram, eis que tudo se fez novo". Aquelas meninas foram os braços que me conduziram, tais quais aqueles que levaram o paralítico até Jesus pelo telhado. Tenho gratidão. A gente tem que assumir o presente. Desbrava-lo abrindo caminho no meio de pedras e espinhos rumo ao futuro. Dar um passo depois do outro. Tudo vai se ajeitando e o passado fica onde deve ficar: no passado.

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