sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

SOBRE O AMOR

 O Amor é o ambiente que nos restringe e nos liberta,tal qual a água é para um peixe. O amor é a perda da liberdade mais libertadora que existe. O amor produz a necessidade de se abrir mão da independência para alcançar maior aproximação. Se você desejar as liberdades do amor como realização, segurança e a sensação de dignidade que o amor traz terá que limitar sua liberdade. Um relacionamento profundo é incompatível com decisões unilaterais que impedem que o outro opine em seu viver. Para desfrutar da felicidade do amor é necessário que se abra mão da autonomia individual. Não há dúvida que o homem se sente mais vivo e livre em um relacionamento afetivo. É no amor que nos tornamos nós mesmos. Porém isso implica entrega mútua, altruísta, uma perda mútua de independência. “ Ame o que quer que seja-seu coração certamente vai se apertar e poderá se desfazer pela dor. Se quiser garantir que ele permaneça intacto, não o entregue a ninguém, nem mesmo a um animal. Cubra-o cuidadosamente com hobbies e pequenos luxos; evite qualquer envolvimento, mantenha-o seguro no caixão do seu egoísmo… ele não se desfará pela dor, mas se tornará duro, impenetrável, irredimível, a alternativa é … o inferno” C S Lewis.

No amor abrimos, voluntariamente, mão de nossa liberdade. “ vou me adaptar a você. Vou mudar por sua causa. “Vou servi-lo mesmo que isso signifique sacrifício para mim “. Isso se aplica ao amor romântico, ao amor por um amigo, ao amor por um filho . E também ao amor de Deus. Porém, se somente um lado fizer sacrifícios o relacionamento será de exploração e será opressivo e então não será libertador. Como entender essa liberdade quando se trata do amor a Deus? Será um relacionamento de mão única? Eu terei que me ajustar e me entregar a Deus mas, ele não pode se ajustar e se entregar a mim! Então seria esse um tipo de amor desumanizador? Continuamos na próxima edição. (texto produzido a partir de análise do livro A fé na Era do Ceticismo de Timothy Keller pág 73/74)

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