Acordei antes das seis. O dia seria corrido entre fogão, tanque, pia e forno. Lá pelas quatro fui até a casa da minha tia aqui ao lado. Ela também estava envolvida com os preparativos da ceia de natal mas conseguimos passar um café e sentar um pouquinho para um papinho. Voltei, abri o forno, reguei o tradicional peru de natal, fritei uns bolinhos e encerrei o expediente embrulhando alguns presentes. Por um momento pensei que havia uma âncora em cada perna que me prendia no sofá. Meus pés doíam e eu não conseguia pensar em mais nada a não ser que eu iria direto para a cama dormir. Mas o Natal não é só meu. Minhas irmãs e sobrinhos me esperavam. Arrumei as lembranças numa sacola grande e, depois de um banho quente, segui para a casa da minha irmã. As crianças logo me cercaram enquanto, eufóricas, recebiam seus presentinhos. Nada demais, pequenos mimos. Pedro, saltitante, por três vezes veio me dizer que gostou muito do seu presente enquanto Laura gritava em lágrimas porque soltaram o elástico do seu óculos de mergulhar. Calma que titia ajeita para você! Por um momento paramos tudo. Era uma reunião de natal, e agora iríamos dedicar um momento para agradecer a Deus pela vinda de Jesus ao mundo. Enquanto a breve mensagem era exposta eu olhava os presentes e pensava, estes estão entre aqueles que sobreviveram . Ostentar neste natal, pensei, é poder estar perto das pessoas que amamos. Pensei nas milhares de família enlutadas. Agradecemos a Deus por nos permitir estar juntos nesta data mas é impossível não compartilhar a dor daqueles que foram feridos pela pandemia. Este será um dia difícil para muitos. Cantamos “ porque ele vive, posso crer no amanhã” e recebemos o natal, com um singelo jantar seguido de um amigo oculto familiar no qual trocamos havaianas. Um sorriso, um beijinho na testa, um pedaço de torta de limão, um pouco de uma conversa fiada. Família. Lavei os pratos que pareciam brotar no fundo da pia. O sono e o cansaço me levaram para casa. Agradeci a Deus, por nosso núcleo familiar estar ali, mas também intercedi por todos os amigos e irmãos que sofreram baixas em seus batalhões. Que haja consolo e conforto para todo aquele que, nesta data, precisa lidar com o vazio de uma saudade que não pode ser saciada. O natal continua feliz, pois nossa dor não muda o fato de que Deus se fez homem e habitou entre nós e morreu e ressuscitou e por isso, cremos que haverá um dia reservado para que a tristeza salte de alegria. Tenha um natal de paz.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022
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