Com respeito às opiniões diversas, sim, Casimiro de Abreu é uma ótima cidade. Não creio que a nossa volta haja nada muito melhor. Quanto a minha experiência, cresci aqui, vivi uma adolescente regada de muitos sonhos, passeios pela rua, violão no banco da praça, as geladas festas de agosto e as deliciosas festas de setembro, que eram na praça do Centro. Desfiles maravilhosos que nos cansavam de morrer. Como aluna sempre desfilei e depois como professora também. Amava todo aquele movimento. As ruas cheias, o palanque onde os discurso eram feitos sob os aplausos da comunidade. A política era basicamente entre dois grupos. E era ardente. Sim, embora houvesse sempre situação e oposição parece que não havia o ódio pessoal que se desenvolveu nos últimos anos. Eram outros tempos. Outra realidade. Fiz o então curso Normal e me formei em professora. Logo comecei a lecionar no Colégio Cenecista Feliciando Sodré juntamente com a amiga professora Mairy que hoje dirige o Colégio Batista. Tal colégio depois foi encampado pelo Município e tornou-se o Patrick, nome que foi uma homenagem a Patrick que era um menininho lindo filho da professora Vilma Lopes Marcho, que deu aula para mim na terceira série. Cursei Pedagogia em Macaé e íamos num ônibus muito barulhento que chamávamos de Trovão Azul em referência a um filme da época. No fim do mês dividíamos o dinheiro do aluguel do ônibus. Algum tempo depois tive a oportunidade de estudar um pouco mais e cursei a Faculdade de Direito de Campos e em 1994, com um diploma na mão ainda quente , entrei para o Tribunal de justiça. Minha classificação me permitiu escolher trabalhar em minha estimada cidade. Algum tempo depois , com meus meninos ainda pequenos fui trabalhar, por escolha e por ser mais vantajoso, fora do município. Meus filhos ficaram. Eu tentava, sempre que possível voltar diariamente mas nem sempre era possível. Mas nunca imaginei meus filhos morando em Niterói ou na Baixada Fluminense, locais que trabalhei por bom tempo. Minha maior alegria era estar em casa nos finais de semana e feriados. Não viajava nas férias. Aqui sempre foi meu retiro. Colocava um menino na garupa e saia por aí, a visitar parentes e amigos. O tempo passou, muitas coisas mudaram, principalmente eu. Mas uma coisa ainda é, gosto de viver aqui. Mesmo com 50 graus no verão🥵, gosto daqui. Cada canto dessa
Cidade conta uma história. Nossa história. E só quem é cria daqui pode me entender. Parabéns Casimiro de Abreu!
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