domingo, 4 de outubro de 2020

ROTINA DE FAMILIA - FEFEU, O GATINHO

 Acordei tarde. Tenho dificuldade para dormir e nesta última noite passei levantando para cuidar do Fefeu que está se recuperando de sua primeira experiência de quase-morte.  Ainda lhe restam seis vidas que vamos cuidar para que não gaste à toa. 

Eu deveria levantar-me, tomar um café e sair para caminhar pois meu corpo parece exalar desânimo por todos os lados.

 Tomei café e subi para trocar de roupa. Passei no espelho e uma escova me disse que eu deveria usá-la antes de sair.  Olhei para o chão e pensei: " de onde sai tanto cabelo?" . O chão do quarto também parecia gritar sufocado por fios de cabelos por toda parte. Pequei uma vassoura e comecei a varrer. Socorro! a Vassoura estava cheia de pó do piso que o Luiz cortou para fazer o box da torneira do quintal.  Agora era cabelo e pó.  Desci e pequei um pano molhado. Minha caminhada parecia cada vez mais distante.  Mamãe, sentada na beira da piscina esquentava-se no sol vigiando Fefeu que estava esticado diante dela, também aproveitando o sol da manhã.  Ela o observava com quem vigia leite prestes a ferver. . Fui ter com eles. Fefeu me olhou desanimado e mudou de lugar. Parecia não querer conversa. Luiz chegou de mansinho. Fefeu mudou de posição para olhar para ele. Brinquei com Fefeu, afinal o "idálo" dele tinha chegado e ele queria ficar olhando para ele.  Tudo bem. Luiz, com cara de gozador perguntou a Fefeu: " E aí Fefeu, Zé Maria veio te buscar?" Mamãe,  olhou desconfiada para ele e logo perguntou " quem é Zé Maria?". Luiz, com cara de sério responde como é possível ela não conhecer o Zé Maria. Afinal o Zé Maria chega para todo mundo, às vezes vem e volta frustrado, outras vezes vem e marca a hora e volta para buscar.  Da Janela da cozinha eu ouvia a conversa. Mamãe olhou horrorizada para ele e soltou a arma típica de um bom pentecostal " está amarrado em nome de Jesus".  Eu sorri e disse, mamãe, liga não, Luiz está zoando a senhora. Zé Maria quis Fefeu mas nós também, Fefeu ficou. 

Um balde quebrado me chamou a atenção. Luiz, mancando, com cara de criança levada,  disse que tinha subido no balde para alcançar não sei o quê tinha levanto um tombo ou coisa parecida. Pensei no Zé Maria, "sai de ré!", enquanto terminava de passar um pano no chão da cozinha e estapeava o Luiz que entrava apenas para sujar o que eu estava limpando. 

Ele correu rindo, "Mulher Braba! ".  Eu, sem ri respondi: "cuidado com o Zé Maria!". 

 Bom domingo amigos. que o Senhor conceda um dia de paz e harmonia a todos vocês. Façam dos pequenos momentos de alegria uma linda história de vida.

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